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Ações contempladas pelos fundos da ADUFSJ E Sinds UFSJ são destaques em live

Projetos contemplados pelas ações de solidariedade da ADUFSJ – Seção Sindical e do Sinds UFSJ foram os destaques de debate online da última quinta (4).

Mediado pela 1ª secretária da Adufsj, jurista e professora da UFSJ, Maria Clara Santos, a live mostrou que, quando o Estado não assume seu papel de prover os mais vulneráveis, a mobilização da sociedade civil é imprescindível para minimizar os efeitos da crise sanitária e econômica.

De mãos limpas, de mãos juntas

O primeiro projeto abordado foi o “De mãos limpas, de mãos juntas”, que beneficiou moradores do Jardim Panorama, um conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida, em Ouro Branco (MG), com a doação de álcool 70 fabricado na universidade e sabonetes. Segundo a farmacêutica e professora do DQBIO-UFSJ, Sandra de Cássia Dias, sete professores do Campos Alto Paraopeba (CAP) submeteram projeto ao Edital da universidade e, com os recursos, iniciaram a fabricação do produto.



Os moradores do conjunto residencial contribuíram com o recolhimento das embalagens para armazenamento do álcool, tudo dentro das normas das organizações de saúde. Posteriormente, o projeto também foi contemplado pelo Fundo de Solidariedade da ADUFSJ e, assim, pode ampliar suas atividades.

“Nós conseguimos produzir 140 litros de álcool, além de sabonetes¨, comemora ela. Segundo a professora, 100 litros foram repassados aos moradores do Jardim Panorama e 45 litros à Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Ouro Branco, que os doou para uma ocupação chamada Portelinha.

Agora, o projeto entrou em uma nova fase, com a produção de informação científica para tentar combater as fake news que circulam acerca da pandemia. “A partir deste projeto, outros projetos foram criados e a gente mantém o vínculo com a comunidade”, ressalta.

Ações de solidariedade e aulas de step

Membro do Comitê Temporário de Gestão de Crise - COVID-19 do Sinds, a professora de Educação Física e técnica de laboratório do DCEFS, Telma Freitas, falou sobre o conjunto de ações de solidariedade que o Sindicato vem apoiando desde o início da pandemia.

Segundo ela, um fundo de solidariedade, com a adesão dos sindicalizados, foi criado para financiar parte das ações. “A gente teve a adesão de 146 sindicalizados. E os que ainda quiserem aderir serão muito bem-vindos. Já somos 20% do quadro de sindicalizados”, afirmou.

Telma também contribui com a iniciativa ministrando aulas online de step para profissionais de educação física, que doaram cestas básicas para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade, no ato da inscrição. “É um curso de 40 horas, é um curso oficial do departamento, terá certificado”, esclarece a professora.

Fórum de Mulheres das Vertentes

Representando o Fórum de Mulheres das Vertentes, Beatriz Guimarães, que também é conselheira no CONEP, falou sobre as ações de solidariedades desenvolvidas desde o início da pandemia, com o apoio da ADUFSJ e do Sinds. Segundo ela, o foco da ação é a distribuição de cestas básicas, kits de higiene e máscaras para famílias em situação de vulnerabilidade.

O diferencial é que são as famílias que escolhem os itens que deverão compor suas cestas, diretamente no supermercado. Conforme Bia, o entendimento do Fórum é que cada família possui configurações diferentes e, por isso, necessidades diferentes também.

“No início, a gente achava que iria ajudar estas famílias até chegar o auxílio da prefeitura, através do Cras, e o auxílio emergencial. Mas isso não tem funcionado”, denuncia.

Segundo ela, o Cras só está distribuindo cestas básicas de três em três meses, “como se a fome tivesse esse período pra ocorrer”. E muitas famílias não conseguiram até hoje ter acesso ao auxílio emergencial do governo federal. “Temos uma lista de espera de 60 famílias, por isso, estamos pedindo ajuda para continuarmos com o projeto”, concluiu.



Assista a íntegra do debate

Solidariedade UFSJ

O técnico administrativo Gabriel Santos, que coordena o projeto Solidariedade UFSJ, contou que a iniciativa surgiu da observação direta da necessidade das famílias desde o início da pandemia.

Já no dia 2 de abril, o grupo realizou a primeira campanha para arrecadação de alimentos não perecíveis e itens de higiene, em vários pontos de São Joao del-Rei. O material foi destinado a instituições filantrópicas da cidade e pedidos de ajuda avulsos.

Gabriel afirma que, a partir da ação, o grupo pode perceber a fragilidade dos mecanismos de assistência social no município. “Neste ano eleitoral, é preciso discutir a fragilidade em que a cidade se encontra, do sistema de assistência social do município, que não tem sequer informações de onde estão localizados seus bolsões de pobreza”, denunciou.

Segundo ele, esta constatação aumentou o espectro de atuação do grupo, que começou com servidores técnicos administrativos da universidade, e hoje já reúne também professores, estudantes e pessoas da comunidade. “Para você fazer uma assistência social mais ampla, aumentar o cobertor social, você precisa saber onde está o problema, os bolsões de pobreza da cidade. Então, além do projeto em si, a gente tem outras questões por traz que precisam ser discutidas”, afirma.

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