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Carta Aberta Aprovada em Assembleia



É absolutamente contraditório compor um movimento sindical e ao mesmo tempo apoiar a Intervenção Militar pois representam pensamentos e posições divergentes. Não há coerência alguma neste fato e quem o faz ou não sabe o que é sindicalismo ou não sabe o que é ditadura militar. É preciso estabelecer um lado!


Historicamente é sabido que a ditadura reprimiu violentamente o movimento sindical, seus dirigentes foram perversamente perseguidos e muitos torturados. As greves foram proibidas e reprimidas e o pensamento crítico perseguido. Está mais que comprovado que o governo militar é contra a existência do MOVIMENTO SINDICAL e sempre trabalhou para aniquilá-lo.


Infelizmente temos assistido algumas pessoas, “sindicalizadas”, camufladas pelo discurso de “liberdade de expressão”, batendo continência e clamando em frente dos quartéis “Intervenção Militar já”.


Mas o que é liberdade de expressão? Em suma, conforme disposto no artigo 220 da constituição federal, a liberdade de expressão está ligada ao direito da manifestação do pensamento, da criação, da expressão e da informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto na Constituição.


No entanto, é preciso deixar claro que o exercício desta liberdade não é ilimitado e principalmente é preciso entender que liberdade de expressão é diferente de discurso de ódio!


O paradoxo da intolerância de Karl Popper, diz muito sobre isso, pois coloca que uma sociedade tolerante deve ser intolerante com a intolerância pois “A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância”.


Então como aceitar/tolerar certas condutas de servidores sindicalizados que se apropriam caluniosamente desta dita “liberdade de expressão” e estão exatamente a pedir o fim dos sindicatos? Como é possível tolerar entre nós alguém que quer o nosso fim? Porque se tem uma coisa que a história nos mostrou é que o Regime Militar não tolera o movimento sindical. Sindicalizados que clamam por Intervenção Militar nos movimentos antidemocráticos não representam o Sinds-UFSJ.


Estas posturas por serem frontalmente contra os princípios sindicais, não nos representam, sendo manifestações individuais de alguns de seus filiados.

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