O projeto “Nossa Horta”, um dos contemplados pelo edital solidário do Sinds-UFSJ, propôs a criação de uma horta comunitária em Santa Cruz de Minas. Trabalhando com o conceito de economia solidária, o projeto foi desenvolvido junto às famílias cadastradas no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) da cIdade. Na horta são produzidas hortaliças, temperos, ervas medicinais e frutas, além das plantas não convencionais (PANC).
Os produtos produzidos na horta, que são 100% orgânicos, estão disponíveis gratuitamente para as famílias que participam do projeto, além de serem comercializados para toda a comunidade.
O “Nossa Horta” foi inscrito no edital do Sinds-UFSJ pelo servidor César Augusto Viegas da Silva e tem o mestrando em Artes, Urbanismo e Sustentabilidade pela UFSJ Jorge Luiz Fernandes como um de seus coordenadores.
Atualmente, cerca de cinco mulheres de Santa Cruz de Minas participam ativamente do projeto e da manutenção da horta. “Só com essas cinco pessoas que trabalham lá, já são cinco famílias que reúnem em torno de 30 a 40 pessoas que usufruem desses produtos da horta”, informa Jorge.
Além das famílias diretamente atingidas pelo projeto, Jorge sinaliza que muitas outras famílias da comunidade são beneficiadas indiretamente pela horta por consumir os produtos, livres de agrotóxicos, que são comercializados.
“É importante também garantir uma pequena renda para essas mulheres, para motivá-las a continuarem sempre ali, trabalhando em grupo”, avalia o mestrando.
Toda sexta-feira, esses produtos são expostos em uma pequena feira da cidade, com uma única barraca, para serem vendidos. A expectativa é de que no ano que vem, a depender do incentivo do poder público, essa iniciativa possa ser expandida.
Jorge conta que o valor arrecadado junto ao Sinds-UFSJ foi investido principalmente na compra de ferramentas, que era a principal demanda da horta. Além disso, uma cobertura para a horta também foi providenciada, protegendo tanto os produtos quanto as mulheres que ali trabalham do sol e da chuva.
A doação do Sindicato dos Servidores também viabilizou a construção de um galinheiro para o projeto. “Nós acabamos de comprar agora, com a segunda parcela, os materiais que estavam faltando. Compramos tela, compramos madeira, a gente já tinha alguns materiais lá também e algumas ferramentas. A meta agora para novembro é deixar o galinheiro pronto”, conta Jorge.
O mestrando destaca também um momento importante para o projeto que foi a compra de chapéus de proteção para as mulheres que trabalham na horta. Segundo ele, foi gratificante ver como elas se sentiram valorizadas e empoderadas com essa pequena demonstração de cuidado.
Jorge salienta que as dificuldades enfrentadas pelo grupo no decorrer da pandemia acabaram fortalecendo o projeto.