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LIVE DISCUTE PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS E DE COMBATE A ASSÉDIOS NA UFSJ



Nesta quinta (25), a ADUFSJ - Seção Sindical, o Coletivo Severinas, o DCE e o Sinds-UFSJ promoveram uma live para apresentar a proposta de uma resolução que será apresentada à Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) para gestão dos diversos conflitos institucionais.


As convidadas apresentaram experiências e ações organizadas que estão sendo promovidas dentro e fora de instituições de ensino superior para debater o tema e acolher as vítimas desses conflitos e assédios institucionais.


Larissa Medeiros Marinho dos Santos, professora de Psicologia da UFSJ e coordenadora do Projeto Lótus, apresentou a proposta do projeto, que consiste em promover o debate e o acolhimento das mulheres vítimas de qualquer tipo de assédio ou violência, sejam elas membros da comunidade interna ou externa.


“Nós temos várias ações ocorrendo nesse momento. Uma delas: a gente participou da construção, pelo menos acompanhando, da proposta de resolução de conflitos que está sendo feita pelos sindicatos e temos participado dessa discussão, já fomos às pró-reitorias, tanto de assistência estudantil quanto de ensino, porque a gente sabe que essa violência ocorre em vários níveis”, apontou Santos.


Além disso, o Projeto Lótus busca montar uma rede com outras instituições que tenham projetos e ações voltados para o combate ao assédio e à violência de gênero.


Na próxima terça (30), às 17h30, o Coletivo Severinas vai promover uma oficina com o tema “Ser mulher na universidade: uma partilha de vivências”. Serão disponibilizadas 15 vagas e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail projetolotusufsj@gmail.com.


Naturalização do assédio


Da cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, a assistente social do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) e coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais (SINTEF) e da FASUBRA - Sindical, Naara Aragão, iniciou sua participação falando sobre a naturalização do assédio.


“Para muitas mulheres ser assediada diariamente virou algo rotineiro, que não se questiona, só se aceita e vai trazendo uma bagagem de sofrimentos. Então a primeira coisa que eu trago é que a gente precisa desnaturalizar o assédio”, defende.


Aragão sinaliza também a importância de responsabilizar as instituições pelo assédio e violências cometidas dentro do local de trabalho, uma vez que elas deveriam propiciar um ambiente seguro para todos os trabalhadores, inclusive as mulheres.


A estudante de direito e monitora da Ouvidoria Feminina Athenas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Renata Nascimento Souza, relatou um pouco da experiência com a ouvidoria feminina instalada na instituição.


“Eu já pude realizar alguns atendimentos e eu pude vivenciar como funciona o trabalho e ver como funciona esse auxílio a essas mulheres que se encontram em um momento de bastante vulnerabilidade. É um momento de bastante dificuldade para elas, a gente vê que não é fácil denunciar”, conta Souza.


Serviço


A live “Assédio e violência institucional: uma proposta de enfrentamento” contou com a mediação de Rafaela Renó, do Coletivo Severinas, e com participação de dois intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras), o Pedro e o Oswaldo. O encontro virtual integrou a programação do mês da mulher promovida pelo Fórum de Mulheres das Vertentes.


A live está disponível no aqui.


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