
A sociedade brasileira tem como base de sustentação a Constituição Federal de 88, construída em boa medida para evitar os abusos e transgressões aos direitos humanos cometidos pela Ditadura Militar, instaurada por um golpe no dia 31 de março de 1964.
E quando o atual presidente declara a necessidade de celebrar a data citada acima, demonstra o desapreço a diversos princípios basilares da Constituição, numa clara afronta aos elementos garantidores da ordem social brasileira.
Por si só, o desrespeito a esses princípios já sinalizam uma violação ao nosso regime democrático, mas a postura deplorável ganha contornos mais abjetos quando pensamos nos diversos desaparecidos no regime ditatorial, nas sessões de torturas perpetrados nos porões dos quartéis e nos exilados políticos do período.
A sede do atual chefe do executivo de construir uma narrativa própria dos anos de chumbo aparenta ter como objetivo apagar da memória nacional as violações aos direitos humanos conduzidos pelos adeptos da Ditadura. Essa característica de tentar reescrever a História com as tintas de quem está no poder é típica de regimes com pouco apreço às liberdades individuais e cada vez mais amplia o viés reacionário dos grupos que integram o poder no país.
Dessa maneira, baseada em posturas que defendem a liberdade e o direito a uma memória transparente e verdadeira, a direção do SINDS- UFSJ vem enfatizar a necessidade de se repetir com veemência: DITADURA NUNCA MAIS!
Diretoria SINDS-UFSJ
31/03/2019