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TRABALHO REMOTO EM INSTÂNCIAS PÚBLICAS FEDERAIS É TEMA DE LIVE COM SINDICALISTAS E CONVIDADOS




As mídias sociais do Sinds-UFSJ sediaram mais um encontro virtual na noite da última quarta (19). Desta vez, o tema da live foi: “Você já conhece as novas regras para trabalho remoto na administração pública federal?”.

A transmissão ao vivo foi mediada pelo coordenador-geral do Sinds, Denilson Ronan de Carvalho, e contou com a participação de Deise Aparecida de Castro Araújo Carvalho, coordenadora de Organização Política, Educação e Formação Sindical do Sinds; Flávio Sereno, coordenador geral do Sintufejuf; e Rogério Marzola, ex-coordenador da Fasubra e servidor da UnB.



“Hoje, segundo os dados do próprio governo, nós temos 95% de trabalhadores de instituições federais de ensino superior (atuando) em trabalho remoto, quase a totalidade. E 49% no trabalho remoto nos demais órgãos do serviço público”, informou Marzola.

Ele, que integra o quadro da Universidade de Brasília, elencou também argumentos centrais, adotados pelo governo, para defender essa modalidade de serviço que ascendeu durante a pandemia de Covid-19. Para Marzola, fatores econômicos, de produtividade e de qualidade de vida são os motivos apresentados pelos governantes para a implementação da Instrução Normativa n° 65. Apesar disso, ele faz uma ressalva: "o argumento da qualidade de vida, obviamente, para que eles pautassem uma narrativa que têm preocupação com a gente". "A gente sabe que essa preocupação não existe. Quem vem com um aumento no desconto do RPSS e Reforma da Previdência para nos fazer trabalhar mais anos não tem uma preocupação na qualidade de vida dos servidores", defendeu.

"A questão do teletrabalho não é algo para se pensar como 'o bem contra o mal'. É um processo... o mundo precisa incorporar novas ferramentas e tecnologias [...] mas precisamos entender se essa ferramenta vem como um elemento de precarização ou não", comentou o ex-coordenador da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).

Flávio Sereno, integrante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, concorda com a tarefa das unidades sindicais, pontuada pelo Rogério, nesse contexto: evitar que o teletrabalho precarize as condições de trabalho.

“A forma de lutar contra a precarização via teletrabalho é nós disputarmos uma boa regulamentação. A IN 65 não é a primeira e não vai ser a última regulamentação de teletrabalho”, reforçou Flávio. “Já existiam outras INs, já existia a legislação para o setor privado, dentro da CLT, e já existia o trabalho em casa para algumas categorias, inclusive a nossa", recorda Sereno.

Ele considera que é importante esse movimento dos sindicatos em organizar debates sobre o assunto, mobilizar as populações internas e a possibilidade de proposta, às instituições de um mapeamento da realidade no teletrabalho desses servidores.

Lançamento da pesquisa do SINDS UFSJ

A pesquisa sobre o mapeamento de condições de trabalho na pandemia, realizada pelo Sinds, foi lançada na mesma noite. “A gente buscou captar o cenário do trabalho remoto na UFSJ. E os números e alguns dados são bem interessantes referentes a esse processo”, explicou Denilson inicialmente.

Deise Aparecida de Castro Araújo Carvalho, coordenadora de Organização Política, Educação e Formação Sindical do SINDS, comentou um dos resultados obtidos: 36% dos TAEs da UFSJ compartilham seus computadores com outros moradores da casa. “Ou seja, ele não tem um computador só para ele ficar e trabalhar o dia inteiro”, analisou.

Além disso, 42% dos profissionais não têm um local específico para o trabalho em casa. “Uma cadeira ergonômica custa R$ 300, R$ 400. É muito caro. É isso que está lá na IN. Não dá para as pessoas comprarem, não é tão barata”, frisou.

“Esse teletrabalho pode trazer transtornos. Se o teletrabalho vai acontecer, a gente precisa ver em quais condições”, afirmou.

Para ver o resultado da pesquisa, acesse este link.

Audiência interinstitucional

Por meio dos comentários, ficou claro que a live foi assistida por profissionais vinculados a diferentes instituições: “UFABC presente!”, digitou um internauta, enquanto outro pontuou que “Sindicato ASSUFOP está assistindo aqui a live”. “UFLA presente”, afirmou outra espectadora. “IF Sudeste MG também presente”, confirmou outra pessoa que acompanhou o debate.

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